Faustosa pornógrafa
Ensaiei obscenidades
e ocultos fetiches.
Fiz-te meretriz enferma
e pintei teus lábios de sangue
na ânsia de abafar de mim
tua ridícula anemia.
Ensaiei obsessões
e cenas de canibalismo.
Como se fosse numa zona do cais
lavei-te os perfumes naturais
e ao afã de injuriar-te
salpiquei cheiros estranhos no teu chão.
Depois, num ato insano, rameira perfumada,
permiti que homens estúpidos a deflorassem
sob meus olhos concupiscentes...
Foi assim, Orbe Terra, foi assim,
que ao roubar tua juventude explorei teus encantos
e joguei-te indigente aos meus pés... quase morta...
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
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